A trajetória do corpo da mulher é caracterizada por ciclos e transformações, o que muda a forma como ela se vê. Por isso, a menopausa inicia uma nova fase de autoconhecimento. No entanto, passar por essa etapa geralmente traz dúvidas, incertezas e uma sobrecarga de informações que tende a causar mais confusão do que esclarecimento. Dentre as discussões acerca, por exemplo, da reposição hormonal e suplementação; um aspecto central que se destaca como essencial é a atividade física. A Dra. Karine Bitencourt, médica integrativa da saúde feminina e medicina do exercício e do esporte, enfatiza que a abordagem para essa fase deve ser personalizada e não baseada em fórmulas prontas. A individualização é a palavra chave. Cada mulher é um universo à parte, possuindo uma genética própria, um percurso de vida único e demandas metabólicas diferentes. O que funciona bem para uma pessoa pode não ser o ideal para outra, e é neste aspecto que a ciência e a orientação profissional precisam atuar em conjunto.
A redução ovariana começa aos 35 anos
A menopausa não se inicia de maneira abrupta aos 50 anos ou com a última menstruação. O declínio da função ovariana é um processo gradual que se inicia por volta dos 35 anos. Os sintomas, muitas vezes sutis: leve alteração no humor, noite de sono que já não é tão reparadora, dificuldade maior em manter o peso; são os primeiros sinais de que o corpo está mudando.
Ignorar esses sinais e buscar soluções padronizadas é um equívoco. A Dra. Karine reforça que a genética é a nossa base. Ela determina como nosso corpo responderá à queda hormonal, como metabolizará certos alimentos e qual tipo de exercício trará mais benefícios. Por isso, uma consulta detalhada, que investigue o estilo de vida, o histórico familiar e as queixas individuais, é o primeiro passo para um plano de ação eficaz.
A escolha de seguir com a terapia de reposição hormonal (TRH) é uma das decisões mais significativas. O estrogênio, cujos níveis diminuem drasticamente, tem funções protetoras vitais para o sistema:
- cardiovascular
- para a saúde óssea
- para o controle glicêmico
- para a regulação do humor.
Para muitas mulheres, a reposição quando bem indicada e supervisionada, pode ser transformadora. Para outras, os riscos podem superar os benefícios, ou a opção pode ser por um caminho sem hormônios.
E o que une esses dois caminhos, com ou sem TRH? O que é inegociável em qualquer protocolo de saúde para a mulher na menopausa? A prática regular de atividade física.
Esporte: O Protagonista da Saúde na Menopausa
Se a individualização é a estratégia, o esporte é a ferramenta mais poderosa e democrática à nossa disposição. Ele não é um coadjuvante; é o elemento principal para a saúde nesta fase.
1. Saúde Óssea e Muscular:
A redução dos níveis de estrogênio acelera a perda de massa óssea, elevando o risco de desenvolvimento de osteopenia e osteoporose. Além disso, a sarcopenia (perda de massa muscular) se intensifica. O exercício de resistência, como a musculação, é a intervenção mais eficaz para combater esses dois processos. A tensão gerada nos ossos estimula seu fortalecimento. Músculos fortes protegem as articulações, melhoram a postura e aumentam a taxa metabólica, auxiliando no controle do peso.
2. Equilíbrio Hormonal e Humor:
O exercício físico funciona como um regulador hormonal natural, ele auxilia na:
- regulação dos níveis de cortisol (o hormônio do estresse), que costumam se desestabilizar no climatério,
- libera endorfinas, neurotransmissores que promovem a sensação de bem-estar.
Para muitas mulheres que sofrem com ansiedade, irritabilidade ou sintomas depressivos, a prática de esportes pode ser um recurso bastante eficiente.
3. Controle do Peso e Saúde Metabólica:
Um dos principais incômodos durante a menopausa é o crescimento da gordura na área abdominal. Isso ocorre em razão da:
- redução nos níveis hormonais
- resistência à insulina, o que é o mais frequente.
O exercício, tanto o aeróbico quanto o de força, melhora a sensibilidade do corpo à insulina, facilitando o controle da glicemia e a utilização da gordura como fonte de energia.
4. Sono Reparador e Mais Energia:
A insônia e o cansaço são comuns na menopausa. A prática constante de atividades físicas contribui para a regularização do ciclo circadiano, resultando em um sono mais profundo e reparador. Como resultado, há um despertar com maior disposição e energia para as tarefas diárias. Descobrindo sua atividade, cuidando do seu corpo; .a mensagem central é que o melhor exercício é aquele que você faz regularmente e com prazer. Não faz sentido se inscrever em uma atividade que cause estresse. O essencial é descobrir algo que se adapte à sua rotina e proporcione satisfação.
Encontrando Sua Atividade, Respeitando Seu Corpo
A mensagem principal é que o melhor exercício é aquele que você pratica com consistência e prazer. Não faz sentido se inscrever em uma atividade que cause estresse. O essencial é descobrir algo que se adapte à sua rotina e proporcione satisfação.
- Musculação: essencial para a saúde óssea e muscular. Duas a três vezes por semana já trazem benefícios significativos.
- Caminhada, corrida, ciclismo ou dança: são excelentes para a saúde cardiovascular e controle do estresse.
- Yoga e Pilates: desenvolvem a força, a flexibilidade e a ligação entre mente e corpo, contribuindo para o controle da ansiedade.
A jornada da menopausa é um convite para que a mulher se coloque como prioridade, para prestar atenção ao próprio corpo, respeitar seus limites e tomar decisões conscientes. A Farmácia Extrato em sintonia com essa visão de cuidado integral, considera que a informação de qualidade e produtos eficazes são fundamentais para você que está nessa fase.
Independentemente do tratamento que você e seu médico escolherem, lembre-se: o esporte não é uma opção, é o seu maior aliado. Movimente-se! Seu corpo futuro, com ossos fortes, mente equilibrada e coração saudável, te presenteará com qualidade de vida, pela sua dedicação de hoje.